sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Que seja doce

E o calendário acaba e ainda bem. Para amanhã, toda sorte do mundo. Todo desejo do mundo. Toda esperança recém-nascida. Todo brilho dos olhos e uma vontade enorme de ser feliz. E o calendário acaba, e com ele tudo que já se passou. Amanhã é recomeço, é dia novo e primeiro e outra história para se contar...

... que ela seja doce.


(Que amanhã seja o primeiro dos 365 dias bons, doces e felizes que desejo à você)

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Gracias

Ele caminhava pela rua como se fosse uma noite qualquer. Mas, não era. E dentro de uma casa, luzes brilhantes chamaram a atenção. Ele parou para observar. Uma família reunida se abraçando. Pai, mãe e filhos. Então, Natal era aquilo, pensou? Momentos para agradecer? E olhou para baixo...

... e abraçou seu cachorro.


(Feliz Natal e um 2011 maravilhoso a todos que me lêem. Tenho muito que agradecer à vocês, obrigada, obrigada e obrigada!)

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Áries

Leva-me junto? Para onde você for... eu quero. Leve-me como tatuagem, presa, agarrada ao seu corpo. Deixa eu ser o id* dos seus pensamentos e o fogo que não dá paz à sua alma. Quero ser enxurrada, terremoto e vertigem. Tudo ou qualquer coisa que seja assim...


... fora do controle das mãos.



(Sou de áries e não sei ser diferente)

* ID: Algo que o Freud me obrigou a estudar.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Porque o céu é azul?

Para onde vão as palavras quando elas somem?
Em qual labirinto se escondem?
Ou por desamor só fogem de mim?

Voltem! Voltem!

Estou me afogando em silêncio.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Sertão

Vai chover lá fora e não me importo. Até desejo água para regar sementes dentro de mim. E que elas virem flores, canteiros e arbustos. Um lugar de sombra, para quem procura. Um lugar de beleza, para quem contempla. E um templo, para quem tem fé. Vai chover lá fora, e eu não me importo...

... pois tenho sede!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Fenix

E tudo termina bem, quando se tem amor. Ou melhor, nada termina. Vira ciclos de recomeços. Chegadas e partidas. Aprendizagem. Voo de Fenix, nascido da cinzas outra vez, para um céu de possibilidade. Então é só se ter amor? E tudo fica assim tão fácil?


... pena que envelhecemos e paramos de acreditar.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Rascunho

Para você, escrevi os textos mais doces. Com o sentimento mais lindo que já pude ter. E nas entrelinhas, muito mais que o meu perfume, estava a minha alma. Toda entregue. Toda nua. Tão exposta em um papel. Sem metáforas. Só verbo...

... que não se fez carne!


(Porque você não entendeu)

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Abra suas asas!

Quero escrever sobre o amor, como se fosse uma canção do Nando Reis. E acreditar que o mundo é bom, e fica melhor depois que se conhece alguém. Quero ter brilho nos olhos e que um sorriso me escape sempre que eu pensar em você. Quero ter fé sobre encontros. E que eles sejam felizes e com gosto de mel. Brigadeiro de panela e verão. Quero ser leve e poder voar por aí, sem pressa. Sem medo do amanhã...

... eu quero é ser borboleta!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Fool

Um pedido para dezembro: deixe-me feliz. Não quero suas lembranças. E tão pouco as suas promessas. Eu quero paz, e signo de aquário. Quero carnaval. Confete. E agenda nova. Quero me livrar de você e desta sensação de fim que me acompanha...

... eu quero abril!

(E primavera em algum lugar do mundo)

sábado, 4 de dezembro de 2010

Armadilhas de sábado à noite

As horas vão passando no mesmo ritmo que aumenta este aperto em meu coração. Passado, presente e futuro se misturam em um perfeito descompasso. E tudo perde o sentido. Pressentimento ruim: você não vem! A espera é inútil. E me perco em um labirinto cheio de armadilhas...

... chamado solidão.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Caos

E de repente eu não sei o que escrever. Ou talvez, não queira. Ou não posso, sei lá. Há uma negação dentro de mim. Um vazio. Será que é isto que fica quando o amor se vai?

... Um mundo sem significação?

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Romeu e Julieta

Ele encontrou ela, e foi único. Era amor de verdade. De alma, corpo e inspiração. E para todo o sempre. E isto causou inveja, causou mal estar em corações de pouca fé. Mas, ela seguiu amando e ele também, com coragem no peito...

... mas não comiam mais maçãs vermelhas.



(Sim, confundi as histórias clássicas... de propósito)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Sopro de amor

Quero acordar ao teu lado e saber que o mundo é bom. Que tudo está bem. Que ainda dá tempo de plantar algumas sementes. Que o inverno sempre passa. E a primavera não é uma estação. É um jeito de ser. Quero amanhecer nos teus braços e escrever alguma canção. Algum poema que transborde o que sinto. E o que eu sinto é tão bom que poderia iluminar o mundo...


... com apenas uma vela.


(Que nunca apagará)

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Fast Love

Como mata um amor? - Ela perguntou.
Ele não sabendo responder, mostrou na prática.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

... como se eu não soubesse

Adoro este seu jeito menino que me olha assustado quando eu choro, surto ou sei lá. E você me abraça bem forte neste momento, que mesmo à distância faz tudo passar. E passa os ciúmes, passa a insegurança e passa o mal-estar. Só não passa este meu amor grande, tão grande e sem explicação que está virando raiz...

... já é, aliás!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

#faltadoquedizer

Se eu acredito no amor? Claro que sim, faço poemas com ele. Danço em sua homenagem. Celebro e cozinho. E canto. Ando na chuva e falo com o sol por causa do amor. E sempre é para sempre. Sempre mesmo.


(Mesmo quando ele não me inspira a escrever nada, eu ainda acredito no amor)

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Aos olhos seus

Queria ser especial aos olhos seus. De alguma forma. De qualquer maneira. E confesso que até tentei. Mas, o que consegui foi ser apenas aquilo que sou: uma pessoa comum. E se eu admiro as estrelas. se faço poesia com o meu próprio cotidiano e se converso com Deus enquanto bailo, são apenas bobagens. Loucuras que você nunca entendeu. Ou poderá entender...


... porque nunca me olhou de verdade.

( O essencial é invísivel aos olhos)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

... e a natureza nos ensina.

Hoje fiquei vendo um casal de passarinhos. Eles se amavam, eu sabia disto. Sentia. Dava para ver. Mas, eles estavam um em cada galho. Ela (acho que era ela)se afastava um pouquinho e ele se aproximava. Ficaram assim por não sei quanto tempo. Comecei a rir. Pensei: Ganha o céu, moça. Vai para o azul. Mas, ela não ia. Não foi. Aí lembrei de nós. Tenho o mundo inteiro para ganhar. Toda a estrada para percorrer...

... mas só me afasto alguns centímetros.


(E você vem logo atrás)

sábado, 13 de novembro de 2010

Sol da meia -noite

Talvez o seu amor por mim foi apenas um sonho que eu mesma inventei
E que agora, mesmo com toda dor, terei que despertar.
Os meus olhos teimosos insistem em ficar fechados
E os meus pés acovardados, têm medo:
Em que chão pisar?

... já que só sobrou abismo.



(Alguém me joga uma corda)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Você em mim

Também te quero
Ao meu modo, confesso
Um pouco confuso
Com brilho nos olhos
E com um gosto na boca de mais
Mais, mais...
... a cada manhã!


(Mas, mesmo assim, eu escovo os dentes)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Ilha

O sol está forte aqui deste lado da fronteira. Mas, está nublado em mim. Com previsão de chuva. A trovoada me atormenta e não me deixa escutar os meus próprios pensamentos. O que será que penso? Não penso. Reajo. E caminho sem guarda-chuva. Sem proteção. Quero que o vento me leve para algum outro lugar...


... bem distante de mim.

domingo, 7 de novembro de 2010

Egoísta

Ah, meu coração de vermelho forte
Que sangra
Pulsa morte
Um dia espera parar de doer...

...E ser só músculo.

sábado, 6 de novembro de 2010

Aquarela

Dia frio, sem você por perto. E não consigo ler, falta-me concentração. Por onde andam os seus olhos? Os meus pensamentos conseguirão encontrar os seus? Saudade. De qual cor é o amor não correspondido? Alguém pode me dizer?


...quero tirar esta cor da minha tela.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

tu-tu-tu

Ah! Eu lhe quero por perto. Respiração a respiração. Olhares cúmplices e cuidado. Quero a sua pele esbarrando na minha. E meu pé pisando no seu. Eu Quero dançar com você, por horas. Sem ritmo. Sem tempo. Sem música. Só a nossa pulsação...

... já que os nossos corações cantam.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Super herói

Quando o amor falha, apego-me à memória. Ao tempo em que acreditávamos que, o que sentíamos era para sempre. E fazíamos promessas. E sorríamos só por nos gostar. Quando o amor falha, corro para as fotografias. E vejo de novo a minha mão sobre a tua e o teu olhar indo de encontro ao meu. Quando o amor falha, sim, porque ele falha, cubro-me de novas cores. Visto-me com novas poesias. E fico quietinha. Quando o amor falha, eu não falho. Não me permito...

... E descubro em mim um desejo de te amar mais.

sábado, 30 de outubro de 2010

Bendito seja o seu fruto

Quando a poesia chegou em mim? Não me lembro, mas chegou para ficar. E trouxe todas as suas bagagens e consequências. E me tornei assim: sensível demais. Dramática demais. Amante demais. Louca demais. Falante demais. E tudo a minha volta, virou amor. Romance. Lua cheia...

... e motivos para escrever.



(Bendito seja o seu fruto)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Me haces bien.

Amar-te me faz tão bem. Como naquela canção de Jorge Drexler. A única que podemos cantar. Aquela que invade toda a nossa alma. E nos faz ter certeza que escolhemos certo. Eu, a você. E você, a mim. E neste momento o mundo parece perfeito...


... mesmo com todos os cães abandonados por aí.


(Acabei de pegar um cão abandonado, Benjamim. Agora estou a procura de um lar para ele. Boa sorte para nós)

Ulala

Recebi esta corrente da Naná, do Blog O Oposto das Seis e tenho que escrever 5 'coisas' que as pessoas não sabem sobre mim. Difícil. Pois, sou um livro aberto... Mas, vamos lá:

Eu não tenho medo de barata, nem de rato, mas sim, confesso tenho medo de uma fruta específica (que obviamente não vou falar qual é);

Tenho alergia à chiclete, não suporto o cheiro. Só de escrever isto, já comecei a me coçar;

Eu peço desculpas quando mato alguma formiga;

Tenho uma leve impressão que passei no exame de motorista, só porque conhecia o delegado. Ou o carro pode morrer duas vezes seguidas? :)

Na época que eu fazia cursinho, eu recebia muitos bilhetes na sala, e fui convidada a me retirar de uma aula de matemática por causa disto. Morri de vergonha.



terça-feira, 26 de outubro de 2010

Smile

Não canso de falar do seu sorriso. Foi ele, sabia? Ele que me abriu as portas para tudo que sinto agora. E me disse: Seja Bem- Vinda! Aqui é o seu lugar. Faz morada em mim. E eu? fui ficando. Gostando. E acabei descobrindo um mundo colorido. De chegadas e recomeços. E de um amor sem fim.

(Vale a Pena: http://www.youtube.com/watch?v=c4Iat2bVSxA&feature=player_embedded )

domingo, 24 de outubro de 2010

Hitchcock

E você não me ama mais, descobri.
Doeu tanto em mim...


... Como cortes feitos com papel.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Relax, baby!

Hoje amanheci feliz por demais. Como se o mundo inteiro fosse o meu quintal. Ou morasse lá. E dei vida a pedra e ela ficou bonita. E tudo fez sentido: a música, a sombra e o sol. Eu era um poema de Manoel de Barros. E a simplicidade, que já é grande, tomou conta de mim. Invadiu- me inteira...

... e descompliquei.

(Desculpe-me Freud e suas neuroses)

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Lagoa Azul

O meu amor é inédito para você
Confesso que para mim também
E esta grandeza me afoga
E me salva
De quê?
Ainda nem sei...


...Talvez de uma loucura que ainda adormece

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Andar com fé, eu vou

Eu sigo em frente, mesmo cambaleando.
E canto para espantar, seja lá o que for
Faço figuinhas
Invento novenas
Mas, fé
Fé mesmo
Eu só tenho no amor...

... que cura e faz milagres.


(Não acredita?)

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Sexta-feira

Hoje quero dançar ao som de Djavan. Deixar para lá, o que não é de verdade, aquilo que se passa só dentro da minha imaginação. Hoje eu quero fazer bolhas de sabão. Tirar o peso do mundo das minhas costas. E voar...


... mesmo que seja com asas emprestadas.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Para você

Sou maluca, sabia?
Das pontas do cabelo aos pés
Faço coisas por emoção, impulso visceral e instinto
Converso com as estrelas
Faço poesia para as flores
E amanheço sorrindo
Tomo suco de uva brindando como se fosse vinho
Sou amante da lua
E da boa canção
Abençoo a chuva
Corro por hobby
E se eu bailo,
com certeza é flamenco
e se eu amo,
com certeza é você.

... e será assim por mais mil vidas.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Be quiet

Hoje os meus versos querem colo
Em algum cantinho no coração de alguém
Que possa embalá-los
Com uma música bonita de ninar
Hoje os meus versos querem silêncio, escuro...


... porque eles querem dormir.



(leiam em voz baixa)

domingo, 10 de outubro de 2010

desilusão

Ela morreu por amar demais. E não ser amada de volta. Teve febre, calafrios e falta de ar, mas ninguém segurou na sua mão. Morreu instantaneamente por algo que sofria há muitos anos...


... desilusão!


(:( Vou correr, comer chocolate e encher o meu corpo de serotonina. Amanhã, escrevo algo melhor, prometo!)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Teatro da Vida

Esta canção me traz você, por alguma razão. E eu a danço de olhos fechados, imaginando os seus passos. Dois para lá, dois para cá. O ritmo quem dita é o coração. E ele acelera. Ele quer mais. Quer música, dança e encenação. Quer teatro cheio. Cortinas abertas e você no palco principal.


(O que uma música é capaz!)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Meu lugar

Meus pés mal pisaram no aeroporto e seus olhos já sorriram para mim, dando-me boas vindas. As suas mãos suadas confessaram o tempo de espera. Cheguei amor! Na bagagem trago a vontade de lhe fazer feliz. E muita saudade...


... que para matar, terei que ficar a vida inteira por aqui!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Que assim seja

Será que algum dia, a minha escrita vai amadurecer e falar rebuscado?
Ou vai continuar menina?
Vendo encantamento em cada linha
Brincando de fazer poesia
E falando de amor de uma maneira tão simples que faz parecer que viver é fácil
Sem grandes complicações
E transforma o mundo em um jardim
Em Neruda
Em baile flamenco
E em domingo de sol.


... Que o tempo nunca passe pelo o meu coração!



(Amém)

sábado, 2 de outubro de 2010

Cartas de amor

Uma folha em branco e um tanto para se falar. Ou para ficar em silêncio. Escolha. Mas, se colocar no papel será para sempre. Não se apagará. Talvez fique um pouco amarelo. Coisas do tempo. Mas, sem cheiro de naftalina. Sem ser demodê. Será atual, toda vez que ela ler. Será o mesmo amor...


... A mesma paixão sem ponto final.



(Campanha: joguem fora as suas cartas de amor, que já não são mais de amor. Deixem livres as suas gavetas para novos escritores)

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Oceano

Hoje eu queria que a minha imaginação conseguisse transportar o meu corpo. E assim, eu estaria aí. Estaríamos juntos. Café-da-manhã, almoço e jantar. Mãos dadas e conversa fiada. Risadas e declarações de amor sem falar. Mas, ainda estou aqui, desculpe-me. Porque o meu corpo insiste em ser pesado demais...


... é só a minha alma que sabe velejar!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Tenho Dito

Ah! O meu amor
É tanto
Tão
Eterno
É terno
Textura
Tato
Literatura
Vinho Tinto
Terremoto
Tontura
Tesão
E TUDO
TODO
TEU...

Tenho Dito!

sábado, 25 de setembro de 2010

Arco-Íris

Era uma vez uma pessoa linda, chamada Príncipe. Que embelezava o mundo só por existir. E ele sorriu para mim e eu, inteligente, sorri de volta. E o meu mundo, que já não era em preto-e-branco ganhou cores novas. Cores de saudades. Cores de querer bem. Cores de reciprocidade. Cores de amar também...


... E agora eu acredito em arco-íris!


(com tesouro e tudo)

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Para sempre

Tenho planos para nós dois: uma vida juntos. Com cheiro de romance. Como se a cada dia, fosse primavera. Fosse começo. Fosse descoberta. Fosse 'como eu gosto disto em você' com olhos brilhantes, que só você possuí. Tenho planos para nós dois. E é bem simples: Continuamos os mesmos, sem mudar nenhum detalhe...


...até o envelhecer.


(aceitaremos as nossas rugas)

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Biografia

E se eu parar de escrever quem irá morrer...

... além de mim?


(Preciso criar um personagem urgentemente)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Felicidade Rara e Contagiante

Hoje eu não sonhei com você, desculpe- me! Mas, para compensar, vou devanear o dia todo. Cantarei na ruas e declamarei poemas em sua homenagem. E com as margaridas, trocarei segredo: O meu amor é bem-me-quer. E se os psiquiatras me classificarem como louca, não me importo. Eu sou...


... louca de felicidade rara e contagiante.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Ver-te

Ver-te
Me faz tão bem
Ver-te
Me converte ao bem
O verde dos meus olhos
São teus
Tu és verdade?
Ou vertigem
Que me aconteceu?

(Noites mal dormidas + Dor insuportável no ombro direito + Remédio forte que me deixa grogue = texto acima)

domingo, 12 de setembro de 2010

Dualidades

Hoje eu queria escrever um poema triste que dilacerasse a minha alma e me fizesse sangrar. E através dos meus pedaços, descobriria de qual material sou feita. Este material que sente e transborda, machuca e acalma, fere e cura. Que é terremoto e pôr-do-sol.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Parceria

O amor o encontrou quando ela chegou por lá, com ventos nos cabelos e nuvens nos pés. E ela o ensinou a sorrir e a sonhar. E ele fez que ela parasse de ter pressa. E eles deram as mãos e souberam desde então que a felicidade plena só se escreve a dois.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Uno

A sua timidez não conseguiu esconder o que você carrega no olhar: o desejo de me despir. E minha imaginação, sua cúmplice, beija os seus lábios enquanto perco minha fala. Meu silêncio também me entrega: Sou sua...


... antes mesmo de você me ter.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Sem fim

É só olhar para os seus olhos
Que nasce uma esperança dentro de mim
E perdôo todos os erros,
Os meus, os seus
Que ainda nem foram cometidos

É só olhar para o seu sorriso
Que me transformo em música de Chico Buarque
Texto de Neruda
E em planos para hoje
E para depois de amanhã

E se a pergunta for:
Você me ama?
A resposta será:
Sem fim.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Amor

Sou conectada a você. Através de um fio transparente, chamado amor. Se você está triste, meu coração fica pequeno. Apertado. Sem vontade de bater. Mas, se você está feliz, meus olhos transformam-se em vagalumes. Iluminando a vida. Carnaval.


(Mestre Sala e Porta Bandeira= 10)
(Harmonia= 10)
(Evolução= 10)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A bailarina e o Soldadinho de Chumbo

A música ao fundo me convida para dançar. Céu estrelado. Penso em você, meu soldadinho de chumbo,enquanto dou voltas em torno de mim. Sou uma bailarina aos seus olhos. Somos conto de fadas. Histórias para fazer dormir...


... mas que me faz sonhar acordada.


(sempre)

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Aqui e Agora

Quando me olho no espelho, são os teus olhos que vejo. Esta tua beleza de ver tudo como se fosse pela primeira vez, agora mora aqui em meu olhar. E percebo os meus exageros em tua fala. Estes meus dramas mexicanos de ser feliz e de ser intensa, já se tornaram a tua conjugação verbal. Teus pronomes. Teus predicados. O nosso amor ultrapassou fronteiras e nós perdemos o limite de tempo e espaço. Porque você está AQUI e AGORA...

... apesar da distância.

sábado, 28 de agosto de 2010

So, I find you!

O amor para mim é um arco-íris depois da chuva.
É uma festa de reveillon feita a cada dia.
É paz.
É silêncio.
É roda-moinho
É o que sinto por você...

...E é o que desejo para todo mundo.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Por aí

Ando pelas ruas e fico olhando para as arquiteturas diversas com todas as suas cores.
Colorindo a vida, do jeito que ela deve ser.
O asfalto ainda não roubou o charme da metrópole.
A modernidade dá espaço para o que ainda é belo.
Os carros passam por mim à cinquenta, sessenta por hora.
E eu não tenho pressa de nada.
Meu destino é a paisagem.
O meu passeio é ser feliz.
Vem comigo?

... Tem lugar ao meu lado.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Perdoname?

Talvez algum dia, eu aprenda a te amar de uma maneira mais moderada. Mais sensata, talvez. Mas, hoje ainda é assim: intenso. Transbordando. Enchendo-me de lágrimas e me causando taquicardia...


...perdoname?

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Lua em Saturno

Sabe quando você acorda com vontade de pintar as unhas de vermelho?

E só você sabe o significado?

São nestes dias que ocorrem os eclipses...

sábado, 21 de agosto de 2010

É melhor ser alegre do que ser triste

Descobri que a beleza tem um esconderijo: o coração. E de vez em quando, ela assopra 'bonitezas' por aí. Através das palavras, dos gestos e dos sorrisos das crianças. A beleza é uma menina, que sempre faz travessuras. Teimosa. Ela insiste em fazer linda a minha vida, e eu deixo...


... pois não tenho vocação para ser triste, não.



(Quero embelezar o mundo. Me ajuda?)

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Inteira

O seu toque, o nosso tato tem cheiro de chuva e terra molhada. Com gosto de fruta madura colhida do pé. Cena boa de se ver. E os nossos sussurros são músicas...


... que o meu sexto sentido compõs.


(Pois sou inteira para você)

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Ciclo vicioso

O que eu faço?
Se ao ler poesia, começo a cantar
E cantando, quero mesmo é fazer filme.
E se vou ao cinema, só penso em você
E pensar em você, faz com que eu escreva:
planos, contos, poesia...

... e meu nome junto ao sobrenome seu!


:)


(Juro que quando eu pensei nisto, saiu melhor... preciso de um gravador urgente)

domingo, 15 de agosto de 2010

Soneto de nós dois.

Se sou assim, a culpa é do meu sol em áries, que me faz tão passional e impulsiva. Amante da vida, com natureza poética. E se lhe amo, só sei desta maneira: tão de repente...


... como se fôssemos um Soneto de Vinicius.


(Apesar do meu amor ser esta velha canção em teus ouvidos)

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Urgentemente

Preciso te amar mais de perto
Respirar teu ar
Memorizar teu cheiro
Sentir teu abraço
Enxergar-me em teus olhos
E me saber feliz...


...urgentemente!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Catapora

Gosto tanto de você que minhas entrelinhas me entregam, e mesmo que não queira, aqui estou falando de amor...


... e é contagioso!!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Roda Gigante

Eu te amo, ele me disse. Eu te amo mais, respondi. No intuito de aumentar o que já é infinito. E os nossos olhos brilhantes sorriram, como se fôssemos duas crianças que andam na roda gigante...

... pela primeira vez!!

Pirraça

Brigar por amor
Ainda é amor
Apesar das armas erradas.
Mas, não sou Ghandi
Não me faço de grande
Eu faço mesmo é pirraça...

Passa com um beij0!

sábado, 7 de agosto de 2010

ISO 9000

Não posso explicar o que sinto por você, amor. Não fiz exatas. Para mim, dois mais dois nem sempre é quatro. Porque carrego Neruda comigo e alguns sonhos a mais. Sou das humanas, portanto, não posso quantificar o que sinto...


... só posso sentir.

(E é um tanto assim...)

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Wolwerine & Lindsay

Não precisa me perguntar sobre os meus não-amores. Sobre o que vivi no passado e não foi verdade. Pois o que sinto por você é inédito. É filme novo em meu cinema. Com direito a pipoca e mãos dadas. E um diretor louco chamado destino, que prometeu cenas ótimas para nós dois. Porque é comédia romântica o que vivemos, amor...

...comédia romântica.


(Para a trilha sonora qualquer música que combine com o meu acento francês)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Vento Sul

O seu amor chegou aqui em forma de vento. Daqueles em que fechamos os olhos e abrimos os braços, como se pudéssemos abraçá-lo. E a vontade é de sair do chão e voar junto feito bolha de sabão...


... e explodir em um céu azul de felicidade.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Ying/ Yang

Eu te amo também. E além. E ainda mais. E a cada dia. Por cada detalhe. Pelo seu sorriso. Pela falta de siso. Por me fazer tão bem. Por ser meu bem. Tesouro. E nem precisa me dar ouro...


... sua poesia já me completa.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A dona da banca

Não, não vou lhe visitar.
Nem penso nisto.
Quando eu for, será para sempre.
Com mala, cuia e todos os meus exageros.

:)

terça-feira, 27 de julho de 2010

Segredos de Liquidificador

Sabe aquele verso que você me mandou que combinava com a gente? Que você mesmo escreveu? Pois é, daquele verso nasceu poesia em mim. Mas, eu não lhe contei. Fiquei calada e covarde. E agora você escreve sobre outros temas, outras músicas. Que eu leio escondida no escuro do meu quarto, contente...

...já que eu escrevo sobre um outro alguém.


(Porque até a poesia segue em frente...)

domingo, 25 de julho de 2010

No mundo das maravilhas

A vida tem passado tão rápido pelo calendário que todos já adiantaram os seus relógios. As pessoas correm sem parar de um lado para o outro, sem chegar a lugar nenhum. Atrasados. E eu, na minha lentidão. Sem pressa. Com tempo para admirar a lua ou para parar tudo e ouvir com calma a nossa canção...

...é , sou feliz!

(Porque vivo no meu próprio ritmo)

Desafio

Aceitei o desafio da Em@, queria escrever em forma de poema...mas


1)Porque é que criou um blog, e quando o criou, tinha expectativas que fosse popular?

Tudo começou com um livro que escrevi em 2005 e tentei publicá-lo. Aí entre registrá-lo na Biblioteca Nacional e estar nas livrarias, ouvi dizer: eles só publicam quem já tem nome no meio. Foi aí que criei o meu Primeiro Blog: A Gata e o Rato que eu escrevia com o meu amigo Caio. Lá era basicamente um diário dos 'foras' que recebia (mas nem precisa ir para lá não, que já apaguei bastante posts). E para 'treinar' a minha escrita, criei o Adoro Palavriar.

Para ser sincera, não. Nunca achei que ele fosse ter um seguidor, porque tinha um amigo que sempre me dizia: 'Ninguém te lê'. E fico muito contente com cada rostinho que me segue aqui.


2) Em que data exata iniciou o blog?

Em um sábado, no dia 21 de junho de 2008. Um post chamado saudade.


3)Não vou seguir as regras, não!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

O segredo dos meus olhos

A madrugada me despertou esta noite.
E eu a obedeci.
Fui seguindo os seus passos...

...E ganhei um céu estrelado.



(Pode vir me acordar mais mil vezes assim)

quarta-feira, 21 de julho de 2010

E o leão apaixonou-se pelo cordeiro...

Era uma quarta-feira, lembro-me bem. Ela acordara esquisita, com um sorriso malicioso no rosto. Colocou Mozart para tocar, portanto estava feliz. Quando triste, era Bach.
Fez um coque no cabelo, maquiagem leve e vestiu uma daquelas saias de renda que eu não gosto, só para provocar.
Em uma mala, colocou tudo aquilo que mais amava, desconfiei: a foto da sala-de-estar, duas ou três trocas de roupas e um colar de bijuteria. Depois buscaria o resto, ou mandaria buscar.
Olhou com olhos de despedida para o cachorro, eu vi. E saiu pela portada cozinha, sem olhar para mim, em busca de um amor impossível...


...voltou cinco dias depois, com bolhas nos pés.
Soltou o cabelo, já usava o anel novamente. E a foto já nos sorria da sala ao lado. Afagou o cachorro, como se nada tivesse ocorrido. E ouvimos Bach em silêncio. Ouvimos Bach até anoitecer.
E Mozart nunca mais tocou.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Simple Life

Você e eu. E uma vida inteira pela frente. Com muitos mais sonhos para tirar do papel. O nosso quarto prometo pintar de amarelo para garantir o sol nos dias de frio. Nos dias de calor, sorvete; para derreter o seu coração e eu ter ver sorrindo. E seu sorriso me fazer feliz.

(Simplicidade é isto?)

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Macabéia

O que ela conhecia do amor era a sua pressa de chegar e partir. Sem tempo algum para o café ou uma conversa mais longa. E ele, já sabendo disto, nem desfazia as malas...


... até os trens ficavam mais tempo nas estações.


(ainda texto antigo, sem produtividade alguma. Ou fazer brigadeiro conta?)

quarta-feira, 14 de julho de 2010

could be love, but over now

“ Alguns dias atrás, Deus- ou isso que chamamos assim- enviou me um presente ambíguo: Uma possibilidade de amor. Ou isso que, com alguma pressa e um certo descuido chamamos de amor”

Acho que me apaixonei e não tenho vergonha de dizê-lo. Confesso, porém, que não esperava.De repente, encontrei uma pessoa que me fez sorrir. E sem que eu percebesse, lá, eu estava brindando: à vida boa que eu quero e mereço ter! Fez me descobrir que os meus átrios e ventrículos pulsam, batem, ‘latem’ ou qualquer outro verbo que possa demonstrar o quanto o meu coração ainda está vivo. Sim, ele está!
“A vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida”, como diria o Poetinha. E infelizmente aconteceu mais um: desencontramos- nos dentro dos nossos próprios desejos. Tínhamos sedes distintas e medos palpáveis. Resultado: nada ocorreu. Nós ficamos presos nas possibilidades, no ‘se’, no vir a ser... mas, nem tudo isso roubou a magia do nosso encontro, e nem por um segundo sequer, tem diminuído a minha saudade.
Só não aconteceu.
E isso me dói, machuca.
Às vezes, sangra.
E em alguns momentos, isso me deixa feliz, por eu ter (quase) vivido aquilo que poderia ter (quase) virado amor...


(Texto antigo para este dia frio que não me inspirou...)

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A insustentável leveza do ser

Sou leve. Qualquer brisa boa me ganha. Do poema ao filme de amor. Sempre abro os braços para o vento. Ouço o seu recado. E faço um roda moinho em mim...

...vou?

(o vento tem me levado para o sul)

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Reflexo

Como se o mundo inteiro soubesse o que ela estava sentindo, choveu.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Porque me fascina?

Neruda sempre me encontra ao acaso, como se um caso tivéssemos. E me fala de um amor com suas palavras doces que me perco por horas. E meus olhos,logo,transformam-se em um lago à procura de uma lua para refletir.


Te amo de uma maneira inexplicável,
De uma forma inconfessável
De modo contraditório
Te amo, com meus estados de ânimo que são muitos
E mudam de humor continuadamente, pelo que você já sabe
o tempo
a vida
a morte
Te amo, com o mundo que não entendo
Com as pessoas que não compreendem
Com a ambivalência de minha alma
Com a incoerência dos meus atos
Com a fatalidade do destino
Com a conspiração do desejo
Com a ambiguidade dos fatos
Ainda quando não te amo,te amo
Até quando te engano, não te engano
No fundo levo a cabo um plano
Para amar-te melhor.
Te amo, sem refletir,
inconscientemente,
irresponsavelmente,
espontâneamente,
involutariamente,
por instinto,
por impulso,
irracionalmente.
De fato, não tenho argumentos lógicos
Nem sequer improvisados para fundamentar este amor
que sinto por ti.
Que surgiu misteriosamente do nada
e que milagrosamente,
pouco a pouco, com pouco e nada,
MELHOROU O PIOR DE MIM.


(Como não amar o Neruda. Explique-me, se conseguir...)

domingo, 4 de julho de 2010

Idem

Se o amor for esta canção que escuto aqui dentro;
Ser for esta saudade gostosa que me acompanha;
Se for este sorriso louco ao pensar em você
ou esta vontade de lhe contar todos os meus segredos enquanto você adormece...


...Acho que eu sinto o mesmo também.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Tudo Bem

Então está falado
Cada um para o seu lado
E tudo bem.


...o que me dói mesmo é ver por escrito!

terça-feira, 29 de junho de 2010

Inspiração

Quando eu quero escrever, eu fecho os olhos e penso logo em você. E começo a ver todos os verbos dançando, valsando para lá e para cá. Os adjetivos fazem cirandas. E os substantivos se beijam. Uns aos outros, como se assim nascesse a poesia. Mas, quando abro os olhos, não consigo colocar no papel o que vi. Pois é tão lindo, é tão grande, é tão belo, amor...

... que nenhuma palavra conseguiria significar.

(Terei que postar seu retrato)

domingo, 27 de junho de 2010

Se eu fosse Neruda

Hoje eu queria escrever um poema que embelezasse o mundo, sem falsa modéstia. E que todas as minhas palavras lhe beijassem à face, com este gosto de vida que carrego nos lábios...


... Pois é urgente esta minha vontade de lhe ver feliz.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Brincando de amar

Talvez o amor seja apenas um menino que gosta de fazer travessuras. Brincou com você. Brincou comigo. Mas eu não o deixei em um canto qualquer de castigo. Não me vinguei. Você sim, deixou-o de lado. Virou as costas. Foi embora de mal humor. E colocou toda culpa em mim...


Como se eu soubesse as regras do jogo.



(Não sei)

terça-feira, 22 de junho de 2010

Ipê amarelo

A sua promessa é como um ipê que floresce em pleno inverno (do meu coração). Colore de amarelo o meu dia frio. Aquece-me de tal maneira que saio sem agasalho; não me importando se vai chover lá fora. A sua promessa é norte em minha bússola. É vento bom em minha vela. É música lenta cantarolada ao ouvido. É sol. E ainda é só uma promessa...


...imagina, então, quando for realidade?



(Eu poderei voar)

sábado, 19 de junho de 2010

Cyrano de Bergerac

Hoje acordei francesa, ao som de Chico cantando em francês: d'acord, d'acord... E desejei intensamente que o meu cabelo fosse chanel ou que pelo menos estivesse um pouco maior. E ao olhar para ao lado, percebi a presença doce daquele que se faz passar pelo Cyrano de Bergerac. É ele que tem permeado os meus pensamentos por estes dias, distraindo-me... basta um verso, ou até mesmo uma frase e vupt, já estou lá em seu castelo de significados, significantes e adjetivos. Mas, ele não se mostra e eu não me queixo. Talvez eu também prefira a proteção deste manto de dizeres, este tecido de palavras adocicadas ao vazio do não saber o que falar.
E se a rima não for perfeita?
E se o encanto se quebrar?

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Bella

O amor já foi urgente dentro de mim. Já teve pressa. Já foi afobado. Já pegou atalho errado, carona estranha. Já amou amor mal amado. Agora descansa tranquilo. Cochila em paz. Mas, tem sono leve. Sono leve...


... para o meu bem.


( Vai precisar de um beijo para despertar)

terça-feira, 15 de junho de 2010

Na fotografia, nós estamos felizes.

Esta foto que hoje jaz em uma caixa qualquer já esteve viva dentro de um portarretrato de um quarto. Tinha cor, apesar do branco e preto. Havia luz, mesmo sem flash. E nada de negativo. Na moldura, o poema do Fernando. Que um dia foi nosso. Juras de amor traduzidas em palavras. Um instante eternizado em um retrato. Éramos felizes...


... mas acabou.

"E tudo isto, que é tanto, é pouco para o que eu quero"
Álvaro de Campos

domingo, 13 de junho de 2010

Querer (em associação livre)

É crime, é pecado, é injúria, é maltrato um coração parar de amar, de sorrir, de cantar, de encantar, de fazer rir. Pois é seu dom, é seu segredo, é seu ofício, é seu trato, é seu contrato, é seu querer...


... involuntário mesmo, só o pulsar, o compasso, o bater.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Chocolate

Às vezes gosto de você, melhor, amo. E tudo que você me fala, desde do seu bom dia é amor. É Neruda. É bossa-nova. É uma felicidade instantânea que nem preciso dizer. Ela salta dos olhos. Ela grita do sorriso. Mas, às vezes, não é que não gosto de você, é outra coisa. É outro sentimento. Você se torna indiferente para mim. E você não é mais flamenco. Não é mais poesia. Não é mais brilho nos olhos. Você é ... televisão.

...que posso passar dias sem ver.

Quando você será CHOCOLATE?

(fisiologicamente dependente deste derivado de cacau)

terça-feira, 8 de junho de 2010

A baleadora e o balairino

Enquanto ela faz flamenco, ele dança ballet. Contraste. Movimentos tão fortes para uma moça tão delicada. Movimentos tão leves para um rapaz musculoso. Ela pisa firme no chão. Ele flutua em sua meia ponta. Contradição. Mas, os olhares se cruzam. As almas ultrapassam as fronteiras.E começam a ensaiar uma nova coreografia: o amor.

sábado, 5 de junho de 2010

La Vie en Rose

Se eu tivesse coragem, pegaria o meu carro e dirigiria sem parar. Direção? Sul. Destino? Você. E aí, não existiria mais a distância. Não existiria a saudade. E nem esta dorzinha querendo instalar-se aqui dentro. Aí não existiria promessa. Não existiria esta pressa. E nem desilusão. Você não teria este medo. Eu não sentiria receio. E o mundo seria cor-de-rosa. PERFEITO...

... mas, e os psicólogos? Eles viveriam de quê?


(Eu aceito emprego de recrutamento e seleção)

terça-feira, 1 de junho de 2010

Eu quero mais

Fecho os olhos e peço à Deus que nunca falte o seu respirar em minha vida. O seu bom dia em meu café-da-manhã. A sua torcida para a minha maratona. Peço com tanta força que a vida dê muito mais fôlego e sonho para nós dois. E que eu possa devolver em dobro cada instante de felicidade que você me traz. E tudo isto não é pedir muito não, baby...

... é pedir com qualidade.

E EU PEÇO!

(Porque também sou filha de Deus, a caçula...)

sexta-feira, 28 de maio de 2010

A Falta que Ele me Faz

Não estava acostumada mais a dormir sem ele. Tantos anos juntos. Era só esticar os braços e poderia tocá-lo. Tão meu. Todo meu. Era sempre o seu timbre que me acordava. Suavemente, cantarolando a nossa canção à cada manhã, como se fosse uma oração de bom dia para os meus ouvidos, como se fosse uma prece de boa sorte: Vai que o mundo te espera. Que poder que ele possuía sobre mim? Indagava-me. Em qual intensidade? E descobri da pior maneira possível: com o seu silêncio. Com a sua ausência percebi que o seu poder era total. Ele já possuía minha alma, meus contatos e minha vida. Não conseguia mais viver sem ele.
O primeiro dia sozinha, como já imaginava, foi terrível: perdi a hora, cheguei atrasada ao serviço e estava sempre procurando algo. Algo que me faltava, como se ele fosse uma extensão de mim. E era. Ele era uma extensão de mim. Dependência total.
Os outros dias que se seguiram, não foram tão diferentes assim: silêncio, falta e desespero. E um dia, na solidão da noite e na loucura que ela traz, me vi perguntando se ele também não se sentia sozinho. Se sentia a minha falta? Loucura eu sei, mas perguntei.
E éramos parecidos, semelhantes. Eu o transformei em minha própria cópia (eu a criadora, ele a criatura). Tínhamos os mesmos detalhes e ele carregava o meu nome tatuado no corpo com estilete. Fiz isso movida pelo medo mórbido de perdê-lo , de me roubarem, de ser trocada. E se fosse, estaria lá para sempre estampado para que todos soubessem: ele já foi meu, já o possuí.
E como se o tempo tivesse preguiça de passar a semana arrastou-se sem graça, sem novidade e sem nenhum telefonema. Até os amigos se afastaram.
E depois de quinze dias (este foi o prazo estipulado) fui procurá-lo. Cheguei à assistência técnica e perguntei:
- Por favor, o meu celular ficou pronto? Vocês não fazem idéia da falta que ele me faz!
Estava. Sai feliz...

...Ele me acordaria na manhã seguinte.


(Texto velho para uma falta nova de não saber o que escrever)

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Alma Gitana

O que eu mais quero é pegar em sua mão e ler um futuro para nós dois. Sem linhas certas. Só improviso. E se assim for, eu lhe jogarei cartas. Destas que eu escrevo, falando de amor. Não me importo muito com o seu passado, não se preocupe. A minha oferenda é o seu presente. E se você sorrir para mim de qualquer bola de cristal...

...eu prometo que me mando hoje mesmo para Búzios.


(e aí a gente se encontra lá!);)

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Fingidor

Escritor não tira férias. Ele não é senhor da sua própria escrita, é escravo. Escreve para dar sentido ao que passa dentro de si. Para dar forma àquilo que vê. E só quando está lá, no papel com os seus próprios garranchos e adjetivos, que tudo ganha vida. Tudo é palpável...

... até mesmo o que nunca existiu.


(Por isto não falo o que sinto. ESCREVO)

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Complicada e Perfeitinha

Como saber se o amor é de verdade?
Se os sinos não dobram?
Os cupidos não falam?
E as flechas não deixam marcas?

Como saber se vai durar para sempre?
Se bularam o Ministério da Saúde,
E os amores vieram todos sem data de validade.

Conclusão: Amor só para os não certinhos!

;)

(Tenho chance, tenho chance...)

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Primavera en mi habitacion

Acordei e a primavera em meu quarto, como naquela canção. Não me fale do tempo. Não quero saber se vai chover ou se vai fazer frio. Eu vivo outra estação. Tem cor em minha cama e perfume em meu travesseiro. E os meus sonhos estão todos floridos. Não, não me fale da violência lá fora. Não me conte nenhuma notícia do mundo...

...hoje, não!

Hoje eu quero acreditar na beleza da flores e no poder das suas sementes

(aaaaaaaaaaaah, um pouco cansada de ouvir que alguém morre na entrada de um banco porque tem marca-passo ou morre porque está usando uma furadeira em sua casa. Muito cansada das únicas notícias boas na TV serem sobre a copa do mundo. Hoje vou me alienar no quarto, amanhã eu saio e levanto a minha bandeira. E sim, é verdade eu não torço para o Brasil. Força AZURRA!)

terça-feira, 18 de maio de 2010

À Deriva

É loucura, eu sei. Navegar por estes mares errantes, sem bússola. Sem vela. Sem saber para onde ir. Sem porto. Sem cais. Só caos. Sem terra firme. Sem chão. Só desejo.

... mas já me alistei!!

(qualquer coisa, eu volto nadando...)

sábado, 15 de maio de 2010

Ai, ai

Eu te amo também.
Por tudo que és
E pelo que sou, aos teus olhos.

Contigo, a vontade é de mudar o mundo
Ser médica da fronteira
E fazer só 'Corrente do Bem'.

Contigo, a gana é de doar abraço apertado
Andar descalça
E fazer rir, como se eu fosse o palhaço.

Eu te amo também.
Porque me transformastes
De criptonita à Superman

Embora eu continue preferindo
Ser Mary Jane...


... é que eu fico linda ruiva!


(colocaram algo na minha água?)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Algumas semanas

Estou literalmente grávida. Repentinamente grávida. De desejos por você. Portanto qualquer dia, eu parto ao teu encontro...

...porque pari o que eu estou sentindo, não dá.


(eu postei isto?)

terça-feira, 11 de maio de 2010

Pax

Não, não me deixe em paz. Eu não a quero. Quero esta confusão gostosa que é pensar em você. Sorrir sem razão aparente. Quero traduzir o que você me diz e inventar mais mil palavras novas. Não quero sossego ou tranquilidade. Quero esta ebulição que está acontecendo em mim. Química, alma e ansiedade.


(Paz eu já tenho, meditando...)

sábado, 8 de maio de 2010

Wilson*

Dói perder um amor, mesmo que imaginário.

Perdi um amor por estes dias. Um amor especial, destes que você não encontra ao acaso ou em qualquer esquina. Sou desatenta, sou descuidada, não vi quando ele e os meus sonhos caíram no mar. Adormeci. E quando acordei, eles já não estavam mais ali. Eu sei que não vão mais voltar. Mas sei que a maré sempre traz algo também. O que o mar me trará amanhã?

...Não sei, mas vou aproveitar o que for bom!

* Sim, o Wilson do Naufrágo!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Liberta(ndo) dores

Acreditei até o fim. E quando acabou, ainda existia amor. E era mais amor ainda. Inundava a minha alma. Transbordava em meu peito. Tanto, que não me fez dormir, nem escrever, só sentir dor...

... E me senti plena por amar assim.


(Eu sou Corithians)

terça-feira, 4 de maio de 2010

Avatar

Se eu cochilar, não me despertem. Não é tristeza ou cansaço. Nem fuga. É desejo, apenas. Quero dormir. Dormir! Por horas ou dias, tanto faz. Quero dormir, só para acordar ao seu lado...

... em meu mundo avatar!


(sou a de trancinha curta)

sábado, 1 de maio de 2010

Ações

Para quem espera algo de um sábado à noite:

Estou investindo em mim, já que o dólar está baixo. Meu salto está nas alturas. Na bolsa: agenda, celular e rímel. Para dar volume aos meus 'verdinhos'. Não me venha falar de Wall Street e de Dow Jones, estou ouvindo Joplin e vendo Chaplin no momento. Minha cabeça não está em capitalização. Está em paz, amor. E não importo muito que hoje a conta esteja no vermelho, o céu está azul. A noite será estrelada...

...prometendo boas ações!


;)

quinta-feira, 29 de abril de 2010

...porque sonhar é preciso!

Acordei! E meus sonhos todos ali ao redor do meu travesseiro, sorrindo para mim. Reconheci um à um: o da menina que queria um elefante ao da moça que desejava ser baterista do Lenin Kravitz. Em qual esquina eu me perdi de vocês? Onde foi que eu virei pra lá e vocês foram reto? Nos desencontramos, desacreditados. Menina de pouca fé, eu sei. Agora vocês voltaram, e eu fiquei feliz. Estão com apenas alguns machucados no rosto. Mas, estão vivos, vivos...


...porque os sonhos nunca não devem morrer!


(Yo no soy mariñera, soy capitan. Soy capitan)

terça-feira, 27 de abril de 2010

Princípes, Ogro, A Moça Magra e eu (um conto quase de fadas)

Em um baile pressupõe-se que todos são príncipes.
Enganam-se.
Há um Ogro misturado à eles.
Ogro, porque ele não vai ser o sonho de consumo de sua mãe. Ogro, porque ele deixa a barba por fazer (cuidado! Isso é um charme). Ogro, porque ele já teve outra história e finalmente Ogro, porque ele não possui um cavalo. Ele tem uma moto... de trilha.
Mas, somente duas pessoas neste baile sabem que ele é um príncipe: A Moça Magra e Eu.
Ela muito mais inteligente rouba uma dança; muito mais sortuda, pode vê-lo quase todos os dias...
Eu muito mais 'café com leite', fico só observando; muito mais criativa, fico escrevendo; muito mais sonhadora: fico torcendo por um final feliz!

domingo, 25 de abril de 2010

Minha busca

Eu disse tanto 'adeus' que o significante perdeu o significado. O que eu queria dizer? Se sempre voltava. Se sempre me fazia presente. Fazia-me de presente. Sem pudor ou rubor. Enlaçava-me e desembaraçava os sentimentos: Sabia que não era amor. Sempre soube aliás. Mas algo mudou. Não deveria ter lido aquele poema. Mas li, reli. Quase o decorei. '...que busca amor com mais que mordidas' ele dizia. E esta frase ecoou em minha alma. Fez me olhar no espelho e perguntar: Se estou feliz?

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Sussurros

(Para você que sofre por amar demais; por ter amor de menos; ou por qualquer outra dor)

Ele não dormiu naquela noite. Estava triste. Ficou vendo a lua se afastar. Deveria ter colocado meias, pensou. Mas, não; não era burguês. E os seus pés covardes foram se encolhendo. Encolhendo-se. Só não ficaram menores que o seu coração, que estava de um tamanho de um grão. Sem paz. Carregando a MAIOR dor do mundo.

E de longe eu sussurrava: -vai passar, vai passar...

(eu prometo!)

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Eu só peço aquilo que posso dar

Casa comigo?
Pode ser à moda indiana mesmo
E assim só nos veremos no dia do ritual
E não correremos o risco de estragar tudo antes
Com algumas manias não compreendidas
Descobriremos nos devagar.
E se houver brigas,
Prometo que haverá desculpas também.
Ao meu modo,
Com algum texto de ficção
não científica. Não religião.
Uma ficção não ficção.
Alguns destes textos que costumo escrever
Ou achar na internet.
E sempre haverá bilhetinhos na porta da geladeira
Para lembrá-lo de algo para fazer
Ou alguma declaração espontânea e criativa sobre a minha paixão.
E viveremos assim: de amor e palavras.
Amor às palavras.
E palavras de amor.
Casa comigo?
É só dizer sim
que eu escolho o dia par.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Soneto do Desabafo

Se a vida é a arte do encontro, quando o amor vai me encontrar Vinicius? E ser para sempre? Pois já me cansei do 'enquanto dure' e do 'se um dia andarmos por ruas opostas'. Eu quero ir na mesma mão. De mãos dadas, de preferência.Eu quero que seja atento, já que sou tão distraída. Que chore o meu riso, que ria o meu pranto. E que tenha sempre planos para o amanhã. E quando a morte me procurar, angústia de quem vive, eu não fugirei correndo. Direi à ela, olhando em seus olhos, o quanto fui feliz...

...então me diga, Vinicius, quando o amor vem me procurar ?

(estou com a agenda completamente livre para 2010)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

? Sabes?

-Quiero llorar, tu me dices. -Estoy feliz!
Y mi corazon quedo cantando
Como si fuese un baile flamenco.
Y no me importo más
Si tu vives en el frio
Cambio me con mi alma y todo
Porque sé que siempre será verano
En nuestra piel.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Petit Prince

Moro no deserto, desconfio. Pois há tanto tempo ninguém tem habitado aqui dentro. São só miragens, recordações e fantasmas. E para não ficar tudo tão árido, plantei na areia contos e poesias. À noite colho as estrelas. Quem sabe algum dia apareça um príncipe? E me peça para desenhar um carneiro ? E neste dia, o meu coração saberá, enfim, o que é deixar de ser míope…

…Se nenhuma serpente atrapalhar, claro!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Looking for paradise

Olhei demais
Para uns olhos de mar
E meu coração ficou assim:
O-s-C-i-L-a-n-D-o
Oceano.

E fui embora junto com aqueles olhos febris
Salgados de lágrimas
Com a janela aberta para entrar.

E me banhei naquele olhar
De infinito azul
Da cor da paz
Na esperança enfim,
De encontrar o amor...

... Mas, veio um turbilhão de sentimentos
E naufraguei!


(Até hoje morro de medo de olhos azuis...)

sábado, 10 de abril de 2010

Eu te amo, eu ouvi...

1)"Como vou explicar para a minha namorada o quanto eu gosto de você"
(De um amigo-irmão, por telefone)

2)"Se você não tivesse que odiá-la, você a amaria"
(De uma amiga, referindo-se a mim)

3)"Quem diria que eu encontraria a mulher da minha vida em uma loja de chocolates?"
(Do meu ex namorado, por telefone)

4)"Casa comigo? Eu compro uma King-Size".
(Do meu ex namorado. Pessoalmente)

5)"Você é doida, maluca, criativa e maravilhosa".
(De um amigo querido. Por mensagem de texto)

6)"Minha irmã te acha linda"
(Da mulher de um amigo)

7)"Você é modelo?"
(Ouvi isso em um Campeonato de natação. Em Goiania)

8)"Com você eu iria até para a Argentina"
(Em uma época que não existia gripe suína...)

9)"Você tem a chave do meu coração!"
(Ai! Em um pedido de namoro)

10)"Ninguém mais vai te tocar porque eu não vou deixar"
(Meu melhor amigo-bêbado-apoiando a minha idéia de ser freira. Em um bar)

11)"Bruta!"
(Espero que isto seja algo bom em italiano, pois ouvi de um)

12)"Argentina!"
(Uma das minhas prediletas. Tentativa de insulto na praia de Copacabana. Eu ouvi como uma declaração de amor, claro)

13)"Você está grávida?"
(Como toda grávida é bonita, acho que foi um elogio. Na fila do banco)

14)"Demi Moore posso ser o seu Patrick Swayze?"
(É, ouvi muito isso. Na época do Ghost)

15)"Eu ficaria horas te ouvindo."
(Mãe de uma amiga. Na minha colação de grau)

16)"Eu te amo amiga!"
(De uma amiga que me ama)

17)"Professora, você mudou a minha vida!"
(De um aluno. Na sala de aula)

18)"Ele não te merece"
(De todo mundo que eu conheço quando levo um fora)

19)"Te quiero"
(Ainda não inventaram forma mais bonita de dizer eu te amo. Em uma carta)

20)"Eu preciso te escrever"
(De um autor. O melhor da sua geração. Prometendo-me algo. Aqui na blogosfera )


(Eu me amo... :) e estou sem inspiração para escrever)

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Felinas como eu...

E você foi embora Neguinho em uma noite fria de abril. E tudo ficou tão escuro por aqui, como eu já imaginava. Nem a luz do seu abajur quis ficar. E se chorei, não sei mais o motivo. Se foi por mim ou por nós dois. Ou por aqueles planos que escrevemos na areia, onde os 'nossos meninos' iriam brincar. Reconheço a minha inocência. E o papel de garotinha que fiz, que procura amor à mais que mordidas.A qualquer medida. E não vou morrer, Neguinho, nego-me à isto. Sei que não tenho sete vidas. Mas, não se preocupe: Felinas como eu, SEMPRE CAEM EM PÉ!

(Fim de jogo na inventolândia.)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

ABUSADO!

Esta frio. Vem dormir comigo.
Foi assim que começou a conversa. E não havia nenhum ponto de interrogação. Não era uma pergunta, era um pedido (e qual ponto se usa para os pedidos?)
E ela não o achou abusado. Ela leu carinho na frase: dormir abraçadinhos, talvez uma meia encostando na outra. Mas, ela não foi... perdeu o trem e o ônibus. Teria perdido algo mais?
Não sabia, embora fingia que sim.
E dormiu bem naquela noite em sua própria cama. Havia paz, alegria.
E apesar de não gostar de frio, antes de fechar os olhos, ela desejou que a frente fria durasse um pouquinho mais...

sábado, 3 de abril de 2010

Acercate

Sentia falta da ansiedade de esperar um telefonema EM CASA, sem identificador de chamadas.
Sentia necessidade de alguma carta escrita à mão, com erro de português e rabisco.
Sentia saudade de ficar em casa à espera de um toque. Não possuía secretária eletrônica.
E se saísse justamente no momento que chamasse?
'Te liguei, mas ninguém atendeu'.
Teria realmente ligado? Ou seria uma desculpa?
Sentia falta da dúvida.
Agora ela possuía celular, internet banda larga, caixa postal, MSN, e-mail e... silêncio.

A tecnologia trouxe a certeza de sua solidão.!

"Venha quando quiser, ligue, chame, escreva, tem espaço na casa e no coração, só não se perca de mim" Caio Fernando de Abreu.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Erica Woolf

A lua cheia me olha toda noite, com o seu sorriso amarelo. Sabe que é bonita. Que acorda a saudade. E da sacada do meu quarto a ouço chamando: vem! Como se fosse sereia. E eu um simples pescador. Mas, ela não canta para mim. Só quer despertar interesse. E eu vou correndo feito uma loba. Fico horas ali à admirá-la. Até ela mudar de cor e ir embora…
… sem me dizer adeus.

( E a noite, estarei lá de novo, eu sei. Pois,a lua laranja me tem)

segunda-feira, 29 de março de 2010

A verdade

Como vou escrever ? Se meu coração fugiu de casa. Saiu pelas portas do fundo, o covarde.Sem deixar bilhetes. E me deixou assim: Vazia. Oca Mas, então de onde vem toda esta dor? Vem de longe, eu sei. E se instalou bem aqui do lado esquerdo do peito. Ela fala inglês. Repete murder. Murder. Murder. Mordo os meus lábios para não esquecer. Só ai então descubro : meu coração não fugiu de casa, o coitado...

… ele foi assassinado!

(E eu sei por quem. Um crime nunca é perfeito)

sábado, 27 de março de 2010

Song of freedom

Um certo Marley cantou pela paz. Em uma canção de redenção. Não mulher, não chore. Seremos livres sim, como queremos ser. Como um leão na montanha. E poderemos ser amadas e amadas. E se nós temos amigos que vão, com certeza teremos amigos que voltam. Que chegam. É só não desistir da luta. Portanto levante- se. E junte se à nós à esta canção. À esta canção de liberdade…

…pois é a única coisa que temos.*

(Ah, a escravidão tem doído em mim por estes dias. Qualquer tipo dela.)

* Dizem por aí que temos o voto também.

quarta-feira, 24 de março de 2010

14020-370

- Eu sinto borboletas no estômago ao lhe ver. Foi o que ele me disse. E meu
coração sorriu feito beija-flor. Parou no ar por alguns instantes . Talvez isto seja amor, pensei. E fiquei alegre. Quis lhe dar a mão. Mas, você fugiu tímido. Voou como uma águia pela a imensidão. Onde lhe encontrar? Meu pombo correio saberá o caminho? Espero que sim…

…Mas, ajudaria se você fornecesse o cep.

(eu sei que é romântico falar ‘borboletas no estômago e etc e tal, mas, juro que sinto falta de ouvir ‘frio na barriga‘. O bom e velho)

terça-feira, 23 de março de 2010

Próxima parada: ali

É estranho ficar preso à estação. Com uma paisagem que nunca muda. Talvez, os trens estejam realmente dormindo. Como diz aquele poema de Neruda que você nunca leu. Mas, eu sei de cor. Por quanto tempo estive por aqui, esperando a viagem certa? Que me levasse para onde eu quero ir? E o tempo passou rápido demais. Entardeceu tantas vezes! Muitas pessoas foram, eu sei. Sinto. E só eu fiquei. Por convicção. Inércia. Medo. Ou sabe se lá. Talvez seja eu que cochilei e dormi por todo este tempo. E os trens passaram um a um por mim...

... mas eu não os vi.

(Aceitando carona no momento)

sábado, 20 de março de 2010

Volvi

Voltei para o lar. Doce e quente. Onde a vida tem sabor de sombra e água fresca. É tão bom estar. E nem corri. Nem peguei ônibus. Ou avião. Só fechei os olhos e me deixei levar. Fui parar tão longe, baby. E lá não se fala inglês. O idioma é fraterno. Parecido com o do amor. E as pernas têm vontades próprias. Ela dançam. Elas bailam. A alegria pousa na palma da minha mão. Ela tem forma. Estou feliz, como diz aquela canção. Voltei para casa. Minha casa.
Estou em Andaluzia!

Minha felicidade tem som de castanhola.

(Porque minha alma baila flamenco)

quinta-feira, 18 de março de 2010

IN LOCO

Apaixonei-me tantas vezes. O quanto foi possível. Das correspondidas às platônicas. Das sem graça às sem vergonha. Das de mão única às que não me levaram à lugar algum. Apaixonei-me tantas vezes pelas pessoas erradas. Pelas as que estavam longe. E pelas que nunca chegaram a me conhecer realmente, apesar de estarem ao meu lado. Apaixonei-me tantas vezes, eu sei...

... e foi só para escrever.

(Porque nasci poeta, manja?)

E te entendo Morais!!!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Vocês verão, serei primavera (se o outono permitir))

Chega logo outono. E leve com você todas as minhas folhas escritas. Rabiscadas. Desenhadas. Gastas pelo tempo. Deixe-me em branco. Nua. Quero me reinventar. Fazer-me de novo. Talvez me faça em um tom mais suave. Mais pastel. Doce e frágil. Com medo de tempestades e ventos do litoral. Quem sabe assim alguém se aproximaria? Cuidaria de mim? E eu poderia ser uma primavera delicada. Recheada de flores. Com pretensão à frutos.

Chega logo outono...

... pois cansei de ser verão.



(Culpa do meu signo em fogo e meu ascendente em ar, certeza)

sábado, 13 de março de 2010

Zoom

Fome de futuro. Use o Zoom. Traga para hoje o que se quer ser. O que se é. Já é. Macalé. Olha para o horizonte. E veja o teu mar. Há tantas outras possibilidades de gostar. É uma onda amar. O seu barco não está à deriva. O vento é bom. Alguém te espera no cais? Porto seguro. Seguro que é bom o que te espera. Vejo isto em teus olhos. Sei bem este sorriso...

... Porque padeço da mesma fome.

"Com todo perdão da palavra, eu sou um mistério para mim"
Clarice Lispector

quinta-feira, 11 de março de 2010

Do lado esquerdo do peito

-Amiga, você me disse. Amiga, consenti. E fechei os olhos para que eles não me denunciassem. Não revelassem o que vivi. E ouvi calada sobre os seus amores. Sobre os seus planos para o amanhã. E chorei sem derrubar lágrimas. Sangrei-me inteira por dentro. Mas, sorri...

... como toda boa amiga faz.

(Amizade é um amor que nunca morre. Assim espero)

terça-feira, 9 de março de 2010

Tão longe, Tão perto.

Eu não sei sobre a distância que nos separa, pois não estudei geografia. Não me apaixonei pelas as exatas e fiz letras com o meu português. Não me recordo dos nomes dos rios, mas sei que eles correm para o mar; que sempre está de braços abertos. As estrelas não me mostram o caminho, e ao contrário do que deveria ser, perco-me entre elas, encantado. Das montanhas, só sinto a fé; e por isto, o cheiro da terra trás a esperança para perto de mim. Sou um território sem fronteiras. Habitado por estrangeiros dos planetas que inventei. Falo o idioma do sorriso. E viajo na velocidade da luz. Portanto, não me fale sobre a distância que nos separa. Estou perto...

...q u a s e c h e g a n d o.

Meu nome?
AMOR

(Não me reconhece?)

sábado, 6 de março de 2010

Anúncio

Quero um amor de dia-a-dia.
De rotina.
Sem roteiro.
Sem rodeio.
Quero um amor com direito à cinema de domingo.
Com brigas e reconciliações.
De paz.
De palavras sem precisar dizer.
Quero um amor de olhares comprometidos.
De mãos dadas.
De sono junto na cama.
E de pés firmes no chão.
Quero um amor de presente.
Que me dê um futuro.
Um anel no dedo anular.
E almoços em família.
Quero um amor de anúncio de televisão...

... mas este, vou colocar no jornal.



(Interessados mandar proposta em forma de poesia ou prosa, tanto faz. Porque é de extrema importancia que o candidato tenha alma de escritor. :) )

quinta-feira, 4 de março de 2010

Tratamento de Choque

Meus desejos foram levados à força para um manicômio
Estão presos em uma sala qualquer
Com camisas de força
Gritam por ajuda
Pedem por socorro
Dizem que não querem ser Napoleão.

Enquanto isto,
Deram-me o livro Poliana para ler
Para eu aprender aquele tal 'jogo do feliz'
Para eu fingir que está tudo bem...
... Não está.


(O Próximo passo: LOBOTOMIA.)
Tirem de vez o meu Hipotálamo, só assim paro de sentir.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

I will survive

Sentir saudade não é necessariamente querer viver de novo algo que já se passou.
Tenho saudades de muitas coisas, mas sinceramente não quero revivê-las.
Prefiro deixá-las guardadas no baú da memória, como se fosse um vestido lindo que eu tenha gostado muito, usado muito e hoje, ele já não me serve ou não está mais na moda. Mas, eu não tenho coragem de dá-lo e muito menos de jogar fora...
Então, eu o deixo em uma gaveta.
É claro que , de vez em quando, eu o pego e o coloco em frente ao espelho. Neste momento eu percebo que ele não combina mais comigo ou que ele é SIMPLESMENTE (para o meu espanto) a minha cara.
Aí explode um mix de emoções: raiva, alegria, tristeza e medo. Eu o guardo correndo. Pego o meu jeans (Sim, o meu velho jeans de guerra), coloco um salto e enquanto passo o meu rímel, juro que um dia irei jogá-lo fora...

...mas não desta fez!

(Sentir saudade não significa que quero viver algo novamente. Só quero ter saudade.)

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Emílio

Eu inventei você. Usei o meu melhor papel para lhe desenhar. E peguei a minha caneta tinteiro para lhe escrever. No intuito que as minhas linhas se transformassem em um texto de Monteiro Lobato, aí você teria vida. E eu teria nós. Porém, não escrevo certo (nem por linhas certas). E você tem vontade própria, muito além da minha projeção e do meu desejo. E sei bem que você não é rascunho. Não é rabisco. Não é boneco de pano, Emílio...


...mas soube fazer retalhos o meu coração.


(Projeção é uma droga. Uma chatice que sempre se repete. E atirem o primeiro lenço de papel quem nunca fez projeção em alguém. Só para deixar claro: Amo o Freud e sua psicanálise bacana que não me impedem de 'transferir'.)

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Morrer de amor

Se eu morrer de amor, quem vai pagar o caixão?

E o que sairá no laudo?

AMOU MAIS QUE OS VENTRÍCULOS E OS ÁTRIOS PUDERAM AGUENTAR.

...pobre, garota!


Quem nunca sofreu por amar demais, nunca teve um cachorro.

(Brisa com umas bactérias anaeróbicas a serem combatidas; Juanita operou ás pressas ontem; Blanche Fleur está com dor, mas não sei onde. Estou sofrendo pelas minhas cachorras, e portanto, sempre tempo para responder o carinho de vocês, inclusive do post anterior, mas volto, sempre volto...)

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Sun Shine

Amanheceu com um sol bom. Daqueles de começo de ano ou de começo de qualquer coisa. E me deu vontade de sonhar. De realizar. De tirar os planos do papel. Deu vontade de tomar iniciativa. De mudar os móveis de lugar. De pintar o cabelo com uma nova cor. Deu vontade de fazer as pazes. De matar a saudade. De jogar na loteria. Amanheceu com um sol tão bom, que eu desejei ser assim: R-A-D-I-A-N-T-E.

(Enfim, começou 2010...inspirador!)

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Vupt!

Peguei a estrada e fui. Não é assim que se segue em frente? Mas, fiquei torcendo para o pneu furar, para acabar o combustível ou para ser pêga sem habilitação. Não queria ir, na realidade. Mas...

...fui!

(volto depois da quarta-feira de cinzas!!) :)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Sonhei com a estrada de Santos. Com as minhas curvas em suas mãos. Sem velocidade. Sem pressa para começar ou terminar. Sem fim. Sonhei com a estrada de Santos em um feriado de carnaval. E você me coroaria rainha. Conheceríamos-nos sem precisar nos dizer. Seríamos fantasia e samba enredo. Mas, acordei quarta-feira de cinzas, amor...

...quarta-feira de cinzas.


(e você foi apenas um delírio de uma festa pagã)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Sexo Frágil

Sou de Marte, o planeta vermelho. Protegido por Jorge. O 'são'. Que é lelé-da-cuca. E me empresta o dragão, sempre que for preciso. E é, toda vez que caio. Carrego bem as minhas cicatrizes. Sou guerreira, já diz a minha tatuagem...

... mas ainda adoro receber flores*, como toda retirante de Vênus.

(*flores, bombons e telefonemas de boa noite)

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Run Forest, Run!

Se você me adora, diga agora. Talvez seja a hora certa. Sei que não vou fugir, mesmo se ficar confusa. E não vou para nenhum lado, apesar do embaraço. Aproveita e fala o que pensa, se isto for bom para nós dois. Prometo que não vou correr...

... já que consegui inflamar os meus dois tornozelos.* :(

(Texto fictício, mas fique à vontade para dizer se gosta de mim (hehe), talvez isto ajude na recuperação, já que as dores são reais).

* Consegui fazer isto, correndo uma hora por dia, todos os dias. Muito impacto para quem vive nas nuvens...

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Penumbra

O véu caiu?
Porque estamos desnudando todas as nossas falhas. Como se fôssemos um velho casal que não se ama mais. Ou que nunca se amou, vai saber? E ficou junto por alguma razão. Conveniência, talvez.
O véu caiu?
Porque estamos revelando todos os nossos erros. Detalhadamente. Como se eles fossem navalhas afiadas e pudessem deixar a nossa pele em carne viva. Só para lembrar que ainda há algo que pulsa entre nós: a dor.
O véu caiu?
Porque não o vejo mais com brilho nos olhos e nem cantarolando quando faz o café.
O véu caiu!
Eu sei.
Eu sinto.
Mas, mesmo assim, ainda quero recomeçar...

... porque se há sombras, necessariamente tem que haver luz!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Coração Partido

Não, não é inédito. É deja-vu. Plágio. Repetição. Não, não é recente. É receio. É medo. Pois, já vi o final. Acaba em um dia cinza com vento. E lágrimas no rosto de alguém. É bis, eu sei. É bizarro. Sempre o mesmo cenário. A mesma mocinha. Só um novo vilão...

...que se parece com todos os outros, aliás.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Preciso te escrever

Eu adoro ler você.
Quando você fica triste ou chora escondido no quarto, a sua janela da alma se fecha. E os seus olhos ficam pequenininhos como se você fosse nissei. Mas, se por algum motivo você se assusta ou tem medo de algo, as suas pupilas dilatam-se e gritam por socorro. Cândura.
O seu sorriso é sempre mistério. Enigma gostoso. Que eu ficaria horas para desvendá-lo. Mas, não posso e nem quero. Prefiro sonhar com o significado.
Vermelho realmente é a sua cor. Para a camisa e para a sua falsa timidez, quando alguém diz o quanto é bonito.
Mas, nem sei onde mora e para onde vai com tanta pressa quando passa por mim. Só sei que adoro ler você...

... e algum dia, preciso te escrever.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

:( for :)

Das histórias que nunca começaram, sei um livro. Sou um livro. Dos amores que não são de mão dupla, percorri quilômetros. Dos contos de fadas, sou a plebeia. A não convidada para o baile. Mas, diante das dores do mundo, sou 'cigarra'; sou página em branco, sou caminho florido. Então sorrio. Sigo em frente. Canto mesmo com a idéia de possuír um coração partido...

... e se pudesse, ajudaria de verdade alguém. Trocaria de dor.


(Um haitiano de 15 anos morreu com um tiro dado por um policial compatriota. E ele morreu agarrado à um saco de arroz dizendo que não havia roubado. Há dor maior? Há dor maior?)

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Paul Lênin

" Ele gostava tanto dessas palavras começadas por in- invisível, inviolável, incompreensível- que querem dizer o contrário do que deveriam. Ele próprio era inteiro o oposto do que deveria ser. A tal ponto que, quando o percebia intratável, para usar uma palavra que ele gostaria, suspeitava-o ao contrário: molhado de carinho. Pensava às vezes em tratá-lo dessa forma, pelo avesso, para que fôssemos mais felizes juntos. Nunca me atrevi" (Caio Fernando de Abreu)

Todos pensavam que era um pseudônimo ou algo inventado, mas não, era este o nome dele mesmo. Legítimo. De batismo e cartório.
Filho caçula de um pai com um idealismo comunista e de uma mãe fã de uma certa banda inglesa, o nome escolhido não poderia ser diferente. Ele se chamava Paul Lênin.
E era dessa forma que gostava de ser chamado. Não só pelo primeiro nome e muito menos pelo segundo, ele tinha que ser chamado pelo conjunto. Assim como são chamadas as Marias Carolinas e as Anas Luísas.
Ele era bonito. Não Giannechini, não Cauã Reymond, mas de certa forma bonito. E possuía charme. E sabia como usá-lo. Sabia-se bonito.
E isto o deixava INSUPORTÁVEL. Palavra esta que ela aprendeu a usar com ele. E haviam outras características que ela não suportava (ela não tinha tanto suporte como imaginavam).
Mas, ela não o deixava. Pelo contrário, não se imaginava feliz em outro lugar.
Ele bebia, era da noite, era promíscuo. Mas possuía algo que fazia com que ela voltasse sempre: Ele escrevia.
INSUPORTAVELMENTE BEM!

sábado, 23 de janeiro de 2010

Refém

Acordei pensando em você. Fui roubada de mim durante o sono. Não havia vigília. Apenas desejo. O meu super-ego não serve para nada. E portanto, não merece nenhum adjetivo.
Já fui assaltada de mim antes. Outras vezes. A criança portadora de Down do supermercado me levou fácil em seu sorriso e naquela palavra quase mágica, quase santa que me faz tanta falta.
A menina da periferia: 'Tia o shopping é bonito?' Fiquei encarcerada naqueles olhos e no brilho que o asfalto ainda não tirou. Posso ser escritora? Ela me perguntou. Sim, respondi. Sem saber que aquilo era um sequestro. Fiquei presa para sempre naquela menina que sonha. E naquele sonho de menina.
E agora esta música que insiste em me levar para longe.
Consegue escutá-la?
É flamenco.
A minha alma está cantante.
Baila Cameron por aí.
Com flores vermelhas amarradas ao pescoço.
Dança alma!
Canta corpo!
Que hoje é final de semana.
E eu vou dormir pensando em você!
Daleeee!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Platônico

-Amor.
Ele não disse. Não sussurrou. Nem pensou alto. Mas, ela ouviu. Quis ouvir. Interpretou assim em razão de um gesto. Não, ele não mandou flores. Bombons. Nem cartão com palavras bonitas. Ele só ofereceu uma carona para o mesmo lado...

E ela ouviu 'AMOR', já que poderia ter ido à pé.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Um certo nó na garganta

Hoje me sinto sufocada
Sufocada pelas palavras que não lhe disse
Sufocada pelos gestos que não fiz
Sufocada pelo beijo que não lhe dei
Sufocada pelo sorriso que lhe neguei
Sufocada por não mostrar o que eu senti
Quando você me disse adeus.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

sou da amÉRICA latina

Amo-te América. Soy loca por ti. Je suis fou. Pois até francês falamos. Não te troco pelo velho e nem por outro continente. E hei de percorrer os teus cantos. Cantar os teus cânticos. Dançar tua glória. Minha escolha. Nossa história. Mesmo que ela não seja tão feliz. De vencidos vencedores. De meninos sonhadores. De heróis de dia-a-dia...

Um amor que quase trago no nome!

(Erica sonhando com uma América mais digna, mais justa e unida na solidariedade)

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Existirá mesmo a terceira margem? Porque eu não quero atravessar a rua.

Você vai me convidar para entrar? Quero saber de quais cores são pintadas as suas paredes. E qual é o novo som que toca em seu vinil. Tomaremos café? Eu não, obrigada. Aceito água e conversaremos. Chega de Rembrandt ou Pondé. Quero falar de coisas simples. De sua cicatriz, por exemplo. Ou de como você quebrou o seu dedo. Tire os seus óculos escuros. Deixa eu ver a verdadeira cor dos seus olhos. Eles são míopes? Senta no chão. Fica descalço e me conta sobre o que você tem sonhado acordado. Qual é o nome da sua rua? Me passe o seu endereço. Cansei de imaginar a sua morada. A metrópole não para de crescer. E eu sei que vou me perder de você. Deixe eu entrar. Estou à sua porta. Antes que escureça. Antes que o tempo mude. Antes que...

Ah! Meu táxi chegou!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Dia oito

Nasci poeta. E não sabia. Sofro desta condição: de poetizar. De encontrar palavras para expressar o que sinto. E sinto tanto. Sinto muito. E pedir desculpas não adiantaria. Já o fiz. E na adiantada da hora suplico o seu nome. Suspiro sua volta. Com a porta entreaberta. Como se fosse uma letra de música que não escrevi. Ninguém escreveu. Mas, que toca como um bolero em meu display.'Ainda lhe espero', diz o refrão. Sei de cor cada verso seu. Eu versus você. Sem perdedores. Somos amadores. Nascidos no mesmo dia oito. De abril?

sábado, 9 de janeiro de 2010

Há muito barulho lá fora

A solidão é velha companheira de estrada para quem escreve. Por isso, os escritores são tão mal compreendidos. Eles trocam o agito da noite pelo silêncio do quarto. Pela página em branco. E vivem falando sozinhos, dialogando com a própria imaginação. E inventam pessoas, criam sabores e descrevem momentos. Como se estes fossem objetos que pudessem ser detalhados e embrulhados para presente. E se são amados, não sabem; estes pobres poetas. Mas amam. Loucamente. Sempre. E pela última vez.


Uma vez me falaram, se eu amasse de uma maneira que desse certo; eu pararia de escrever. (Caio Fernando, obviamente.)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Um pouco de cor

Vou adorar quando a sua pele morena se misturar com a minha pele branca, e se perder. Seremos café-com-leite. Feijão com arroz. E seus olhos de jabuticabas doces se confundirão na imensidão dos meus, da cor do mar. Mar verde. Igual de onde você veio. E em baixo de seus caracóis, minhas mãos, enfim encontrarão a tão desejada paz. Alegria cantada. Amor. Mas, você tem alma cigana. Aventureira. Só sabe chegar e partir. Sem razão. Sem raízes. E... sem lugar para mim.

E quando você for, Neguinho
Quem será a minha cor?

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Quando domingo é metáfora de dia bom

Adoro brincar de fazer planos. Sonhar acordada. Em decorar os espaços com a minha imaginação. De fazer origamis para fortalecer a fé. Adoro aquilo que os olhos não vêem, mas que o coração sente. Mistérios de nossa vã filosofia. Gosto de tudo que os cientistas não conseguem explicar, mas que os poetas sabem de cor...

... e podem até ensinar!

(Mais do que escrever, eu amo ler. Viva o Bandeira, Quintana, Drummond, Pessoa, Lispector, Vinicíus e Neruda que fazem de meu domingo sempre um dia de sol)