sexta-feira, 28 de maio de 2010

A Falta que Ele me Faz

Não estava acostumada mais a dormir sem ele. Tantos anos juntos. Era só esticar os braços e poderia tocá-lo. Tão meu. Todo meu. Era sempre o seu timbre que me acordava. Suavemente, cantarolando a nossa canção à cada manhã, como se fosse uma oração de bom dia para os meus ouvidos, como se fosse uma prece de boa sorte: Vai que o mundo te espera. Que poder que ele possuía sobre mim? Indagava-me. Em qual intensidade? E descobri da pior maneira possível: com o seu silêncio. Com a sua ausência percebi que o seu poder era total. Ele já possuía minha alma, meus contatos e minha vida. Não conseguia mais viver sem ele.
O primeiro dia sozinha, como já imaginava, foi terrível: perdi a hora, cheguei atrasada ao serviço e estava sempre procurando algo. Algo que me faltava, como se ele fosse uma extensão de mim. E era. Ele era uma extensão de mim. Dependência total.
Os outros dias que se seguiram, não foram tão diferentes assim: silêncio, falta e desespero. E um dia, na solidão da noite e na loucura que ela traz, me vi perguntando se ele também não se sentia sozinho. Se sentia a minha falta? Loucura eu sei, mas perguntei.
E éramos parecidos, semelhantes. Eu o transformei em minha própria cópia (eu a criadora, ele a criatura). Tínhamos os mesmos detalhes e ele carregava o meu nome tatuado no corpo com estilete. Fiz isso movida pelo medo mórbido de perdê-lo , de me roubarem, de ser trocada. E se fosse, estaria lá para sempre estampado para que todos soubessem: ele já foi meu, já o possuí.
E como se o tempo tivesse preguiça de passar a semana arrastou-se sem graça, sem novidade e sem nenhum telefonema. Até os amigos se afastaram.
E depois de quinze dias (este foi o prazo estipulado) fui procurá-lo. Cheguei à assistência técnica e perguntei:
- Por favor, o meu celular ficou pronto? Vocês não fazem idéia da falta que ele me faz!
Estava. Sai feliz...

...Ele me acordaria na manhã seguinte.


(Texto velho para uma falta nova de não saber o que escrever)

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Alma Gitana

O que eu mais quero é pegar em sua mão e ler um futuro para nós dois. Sem linhas certas. Só improviso. E se assim for, eu lhe jogarei cartas. Destas que eu escrevo, falando de amor. Não me importo muito com o seu passado, não se preocupe. A minha oferenda é o seu presente. E se você sorrir para mim de qualquer bola de cristal...

...eu prometo que me mando hoje mesmo para Búzios.


(e aí a gente se encontra lá!);)

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Fingidor

Escritor não tira férias. Ele não é senhor da sua própria escrita, é escravo. Escreve para dar sentido ao que passa dentro de si. Para dar forma àquilo que vê. E só quando está lá, no papel com os seus próprios garranchos e adjetivos, que tudo ganha vida. Tudo é palpável...

... até mesmo o que nunca existiu.


(Por isto não falo o que sinto. ESCREVO)

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Complicada e Perfeitinha

Como saber se o amor é de verdade?
Se os sinos não dobram?
Os cupidos não falam?
E as flechas não deixam marcas?

Como saber se vai durar para sempre?
Se bularam o Ministério da Saúde,
E os amores vieram todos sem data de validade.

Conclusão: Amor só para os não certinhos!

;)

(Tenho chance, tenho chance...)

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Primavera en mi habitacion

Acordei e a primavera em meu quarto, como naquela canção. Não me fale do tempo. Não quero saber se vai chover ou se vai fazer frio. Eu vivo outra estação. Tem cor em minha cama e perfume em meu travesseiro. E os meus sonhos estão todos floridos. Não, não me fale da violência lá fora. Não me conte nenhuma notícia do mundo...

...hoje, não!

Hoje eu quero acreditar na beleza da flores e no poder das suas sementes

(aaaaaaaaaaaah, um pouco cansada de ouvir que alguém morre na entrada de um banco porque tem marca-passo ou morre porque está usando uma furadeira em sua casa. Muito cansada das únicas notícias boas na TV serem sobre a copa do mundo. Hoje vou me alienar no quarto, amanhã eu saio e levanto a minha bandeira. E sim, é verdade eu não torço para o Brasil. Força AZURRA!)

terça-feira, 18 de maio de 2010

À Deriva

É loucura, eu sei. Navegar por estes mares errantes, sem bússola. Sem vela. Sem saber para onde ir. Sem porto. Sem cais. Só caos. Sem terra firme. Sem chão. Só desejo.

... mas já me alistei!!

(qualquer coisa, eu volto nadando...)

sábado, 15 de maio de 2010

Ai, ai

Eu te amo também.
Por tudo que és
E pelo que sou, aos teus olhos.

Contigo, a vontade é de mudar o mundo
Ser médica da fronteira
E fazer só 'Corrente do Bem'.

Contigo, a gana é de doar abraço apertado
Andar descalça
E fazer rir, como se eu fosse o palhaço.

Eu te amo também.
Porque me transformastes
De criptonita à Superman

Embora eu continue preferindo
Ser Mary Jane...


... é que eu fico linda ruiva!


(colocaram algo na minha água?)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Algumas semanas

Estou literalmente grávida. Repentinamente grávida. De desejos por você. Portanto qualquer dia, eu parto ao teu encontro...

...porque pari o que eu estou sentindo, não dá.


(eu postei isto?)

terça-feira, 11 de maio de 2010

Pax

Não, não me deixe em paz. Eu não a quero. Quero esta confusão gostosa que é pensar em você. Sorrir sem razão aparente. Quero traduzir o que você me diz e inventar mais mil palavras novas. Não quero sossego ou tranquilidade. Quero esta ebulição que está acontecendo em mim. Química, alma e ansiedade.


(Paz eu já tenho, meditando...)

sábado, 8 de maio de 2010

Wilson*

Dói perder um amor, mesmo que imaginário.

Perdi um amor por estes dias. Um amor especial, destes que você não encontra ao acaso ou em qualquer esquina. Sou desatenta, sou descuidada, não vi quando ele e os meus sonhos caíram no mar. Adormeci. E quando acordei, eles já não estavam mais ali. Eu sei que não vão mais voltar. Mas sei que a maré sempre traz algo também. O que o mar me trará amanhã?

...Não sei, mas vou aproveitar o que for bom!

* Sim, o Wilson do Naufrágo!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Liberta(ndo) dores

Acreditei até o fim. E quando acabou, ainda existia amor. E era mais amor ainda. Inundava a minha alma. Transbordava em meu peito. Tanto, que não me fez dormir, nem escrever, só sentir dor...

... E me senti plena por amar assim.


(Eu sou Corithians)

terça-feira, 4 de maio de 2010

Avatar

Se eu cochilar, não me despertem. Não é tristeza ou cansaço. Nem fuga. É desejo, apenas. Quero dormir. Dormir! Por horas ou dias, tanto faz. Quero dormir, só para acordar ao seu lado...

... em meu mundo avatar!


(sou a de trancinha curta)

sábado, 1 de maio de 2010

Ações

Para quem espera algo de um sábado à noite:

Estou investindo em mim, já que o dólar está baixo. Meu salto está nas alturas. Na bolsa: agenda, celular e rímel. Para dar volume aos meus 'verdinhos'. Não me venha falar de Wall Street e de Dow Jones, estou ouvindo Joplin e vendo Chaplin no momento. Minha cabeça não está em capitalização. Está em paz, amor. E não importo muito que hoje a conta esteja no vermelho, o céu está azul. A noite será estrelada...

...prometendo boas ações!


;)